Equipe de atendimento ao cliente em escritório conversando face a face durante handover organizado com telas digitais ao fundo

Handover no Atendimento: Como Garantir Transições Sem Erros

Foto de Bruna Helena

Bruna Helena

27/11/2025

Índice

Ao longo dos meus anos trabalhando com atendimento ao cliente e processos de gestão, aprendi que, em uma operação omnichannel, poucas coisas têm tanto impacto direto na experiência do consumidor quanto uma transição mal executada entre atendentes ou equipes. Muitos desconhecem o termo handover, mas essa transferência de responsabilidade ocorre diariamente, moldando a satisfação de clientes e a rotina das empresas. É nesse momento que a percepção de qualidade pode ser consolidada ou perdida.

O que significa handover no atendimento ao cliente?

Quando falo em transição de atendimento, estou tratando do processo em que um profissional ou time passa para outros a responsabilidade de uma demanda, seja por troca de turno, escalonamento, especialização ou ausência momentânea. Uma passagem bem-feita exige clareza, registro do contexto e comunicação, para que nenhuma informação relevante se perca durante o percurso. Em operações que lidam com diferentes canais e volumes significativos, como chat, telefone, email, WhatsApp e afins, a falta de harmonia nesse processo pode ser desastrosa.

Segundo um levantamento recente, 23% dos executivos de atendimento no Brasil apontam como grande desafio justamente o baixo alinhamento entre equipes sobre a jornada do cliente e o acompanhamento de consultas em andamento. Isso escancara o peso do handover.

Equipe de atendimento reunida ao redor de uma mesa, trocando informações e documentos.

Por que a passagem de bastão merece tanta atenção?

Não me surpreende que, de acordo com pesquisa recente, 34% dos consumidores brasileiros deixaram de comprar de empresas após uma experiência ruim de atendimento, e mais da metade trocariam de marca após 2 a 5 interações negativas. O maior perigo nem sempre é o erro explícito, mas justamente a insatisfação silenciosa, quando o cliente percebe desorganização ou repetição de perguntas entre atendentes. E essas situações normalmente surgem de entregas descuidadas entre os envolvidos no atendimento.

Confiança se constrói na continuidade do diálogo.

Por isso, acredito que a empresa que investe em uma transição bem estruturada está, na prática, investindo em retenção e fidelização.

Como estruturar um handover eficiente

Uma transição segura não acontece por acaso. Existe um passo a passo simples, que costumo aplicar e recomendar:

  1. Preparação e documentação detalhada: Antes de passar o atendimento adiante, o responsável deve registrar o histórico do contato, os principais pontos tratados, eventuais pendências e próximas ações esperadas.
  2. Registro do status atual: Isso impede interpretações erradas e evita retrabalho. Sempre oriento que, além do sistema, se necessário, um breve resumo seja enviado para o próximo responsável. Não confie apenas na memória—deixe claro o estágio da demanda.
  3. Compartilhamento de informações: O novo atendente precisa saber rapidamente o que já foi feito, o perfil do cliente e restrições importantes para garantir atendimento fluido. Plataformas como a Omnismart tornam esse processo visual e simples, com visões integradas e kanban.

Esses três passos, quando bem aplicados, transformam o handover em uma engrenagem silenciosa a favor da experiência do cliente. Em sistemas modernos, há espaço até para automatizar parte desses registros, criando históricos facilmente acessíveis para todos os envolvidos.

A comunicação é o segredo para não perder (nem atrasar) nada

Ao longo dos anos, percebi que mesmo os protocolos mais detalhados podem falhar se as pessoas envolvidas não se comunicarem abertamente. Não basta preencher campos em um sistema: o novo responsável deve ter espaço para tirar dúvidas sobre algum detalhe não documentado. Muitas vezes incluo, sempre que possível, um momento breve de sobreposição ou até mesmo mensagens diretas para garantir que tudo foi claramente entendido.

Quando um cliente já explicou sua dor uma vez, não espera fazer isso de novo. Por isso, todas as instruções sobre o andamento daquela solicitação precisam ser passadas sem ruídos, evitando que o consumidor repita informações e sinta que seu tempo está sendo desvalorizado.

Ferramentas digitais: papel importante na passagem do atendimento

Nesse cenário omnichannel, que as plataformas digitais ganharam força justamente por simplificarem o gerenciamento dessas transições. Com soluções como a Omnismart, vejo a vantagem de registrar automaticamente as etapas da conversa, anexar arquivos, disparar alertas para o próximo agente responsável e acompanhar em tempo real os indicadores de qualidade do atendimento.

Um fluxo típico de passagem pode envolver integrações com PABX Virtual, sistemas de CRM, helpdesk e chatbots. Tem-se desde notificações automáticas de novas demandas até dashboards que indicam para cada atendente o status dos atendimentos esperando continuidade. Essas integrações eliminam gargalos de informação e ajudam as equipes a focarem no que realmente importa—resolver o problema do cliente.

Dashboard digital com status de atendimentos e etapas visuais de um fluxo de atendimento.

Dicas para manter a operação organizada em mudanças e transições

Com tanta coisa em movimento, manter a casa em ordem pede alguns cuidados extras. O que sempre funcionou comigo:

  • Estabelecer regras claras de registro de informações.
  • Realizar reuniões rápidas entre equipes em momentos de grande volume ou mudanças no roteiro.
  • Treinar os profissionais recém-chegados para que entendam a cultura de cuidado com histórico e continuidade.
  • Criar uma rotina de revisão dos processos usados para identificar pontos frágeis ou falhas recorrentes.
  • Contar com tecnologia flexível, como a proposta pela Omnismart, que se encaixa à dinâmica da equipe sem complicar.

Já presenciei situações onde clientes que estavam quase desistindo do serviço foram surpreendidos por uma virada de jogo após um atendimento colaborativo e bem transferido, mostrando o poder real desse cuidado. É visível: transições organizadas geram um ciclo positivo de confiança na marca.

Conclusão: o handover como base da experiência do cliente

Quando penso nos motivos de sucesso das operações de grandes empresas brasileiras, sempre vejo um padrão: há respeito ao histórico do cliente e cuidado nas trocas internas de responsabilidade. Não importa se a conversa começou via chatbot no WhatsApp e foi escalada para um gerente via telefone. O que realmente faz a diferença é que, em todas as etapas, a continuidade seja garantida—acima de tudo, o cliente sente que está sendo bem acompanhado.

Se você quer transformar esse detalhe em uma verdadeira vantagem competitiva, minha dica é conhecer como a Omnismart pode ajudar. Nossas soluções foram pensadas para que suas transições internas aconteçam sem atritos, e para colocar a sua empresa no caminho da excelência em experiência do cliente.

Perguntas frequentes sobre handover no atendimento

O que é handover no atendimento?

Handover no atendimento é o processo de transferência das demandas de um cliente entre diferentes profissionais ou equipes, com o objetivo de garantir continuidade e qualidade na solução das necessidades apresentadas. Isso envolve passar todas as informações, histórico e status atual, para evitar retrabalho e insatisfação do consumidor.

Como garantir um handover eficiente?

Para garantir uma passagem eficiente, é fundamental documentar todo o histórico do cliente, indicar claramente o status da solicitação e compartilhar essas informações com o próximo responsável. Plataformas digitais com integração entre canais ajudam a automatizar esse registro e reduzem riscos de perdas de dados durante a transição.

Quais erros evitar no handover?

Os erros mais comuns que vejo são: não registrar informações importantes, deixar o próximo atendente sem contexto, atrasar o aviso de transferência ou obrigar o cliente a explicar tudo de novo. Também é importante evitar confiar só na comunicação oral—use sempre sistemas para registrar o andamento.

Por que o handover é importante?

O processo de passagem bem feito impacta na satisfação do cliente e na análise de desempenho interno. Quando há desorganização nesse momento, aumentam as chances de perder negócios e gerar experiências negativas, como mostram pesquisas sobre abandono de marcas no Brasil.

Como treinar a equipe para handover?

Treinamento deve combinar teoria e prática. Mostro sempre exemplos reais do impacto de uma passagem bem ou mal feita, explicando a importância de detalhar registros de forma clara, usar os canais oficiais e tirar dúvidas com os colegas ao receber uma nova demanda. Simulações e revisões constantes nos processos também ajudam o time a internalizar a cultura de cuidado na transição.

Foto de Bruna Helena

Bruna Helena

27/11/2025